Antes de apresentarmos alguns conceitos, que tal assistirmos ao vídeo "Medo de quê?
O vídeo retrata uma série de construções sociais, interditos e desejos no que se refere à manifestação da sexualidade, sobretudo quanto às dissidentes. Destaca-se a importância do apoio, dos afetos e da emancipação de jovens que afirmam suas identidades e/ou performances.
Você já deve ter escutado a sigla "LGBTQ+" ou "LGBT". Se tiver nascido antes dos anos 2000, certamente, também ouviu "GLS". Esta última foi cunhada comercialmente para designar espaços em que gays, lésbicas e simpatizantes frequentavam. Advém de uma segmentação de mercado.
Já a sigla "LGBT" foi oficializada em 2008, a partir da conferência nacional GLBT. À época, o movimento político das sexualidades e gêneros dissidentes era conhecido como GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais). Contudo, em tal conferência, deliberou-se
que a letra "L" passaria a iniciar a sigla, de modo a não reforçar a sobreposição masculina dentro de um movimento cujas normativas de gênero e sexualidade são desconstruídas e tensionadas.
Nos últimos anos, novas letras têm sido inseridas ao movimento, quando novas formas de reconhecimento buscam ganhar legitimidade social. Vale destacar que um movimento social está em constante transformação e aperfeiçoamento, pois é histórico e processual.
A sigla:
O vídeo retrata uma série de construções sociais, interditos e desejos no que se refere à manifestação da sexualidade, sobretudo quanto às dissidentes. Destaca-se a importância do apoio, dos afetos e da emancipação de jovens que afirmam suas identidades e/ou performances.
Você já deve ter escutado a sigla "LGBTQ+" ou "LGBT". Se tiver nascido antes dos anos 2000, certamente, também ouviu "GLS". Esta última foi cunhada comercialmente para designar espaços em que gays, lésbicas e simpatizantes frequentavam. Advém de uma segmentação de mercado.
Já a sigla "LGBT" foi oficializada em 2008, a partir da conferência nacional GLBT. À época, o movimento político das sexualidades e gêneros dissidentes era conhecido como GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais). Contudo, em tal conferência, deliberou-se
que a letra "L" passaria a iniciar a sigla, de modo a não reforçar a sobreposição masculina dentro de um movimento cujas normativas de gênero e sexualidade são desconstruídas e tensionadas.
Nos últimos anos, novas letras têm sido inseridas ao movimento, quando novas formas de reconhecimento buscam ganhar legitimidade social. Vale destacar que um movimento social está em constante transformação e aperfeiçoamento, pois é histórico e processual.
A sigla:
Lésbica (mulher que se interessa afetivo-sexualmente por mulheres)
Gay (homem que se interessa afetivo-sexualmente por homens)
Bissexual (Pessoa que se interessa afetivo-sexualmente por homens e mulheres)
Transgênero, travesti e transexual (quem se identifica com um gênero diferente do atribuído ao nascimento. A frente explicaremos mais.)
Queer (ao pé da letra, o termo inglês refere-se à estranho. Deu origem aos estudos pós-identitários nos EUA, entendendo sexualidade e gênero como fluídos, performáticos e não fixos)
Intersexual (Dois sexos no mesmo corpo)
Assexual (sem interesse sexual)
Pansexual (Pessoa que se interessa afetivo-sexualmente por pessoas independentemente de seu gênero e sexo)
Veja o quadro explicativo diferenciando o senso comum e a compreensão em diversos campos da ciência.
Enquanto a racionalidade do senso comum entende sexo, gênero e sexualidade num caminho linear, a ciência têm mostrado que sexo, gênero e sexualidade são dimensões distintas dos sujeitos/indivíduos, ainda que estejam relacionadas.
Assim, vamos observar os espectro de possibilidades dessas dimensões.
Ficou mais claro? Mais importante que decorar todas as possibilidades de identificação, é estar aberto a aprender e conhecer toda essa diversidade, dialogando com amigos, colegas, pesquisadores e pessoas que se auto-identificam com cada um dos termos.
Vale ponderar que o termo queer, de origem na língua inglesa, originalmente significava "estranho", "peculiar", "excêntrico". Foi usado pejorativamente contra aqueles cujos desejos e/ou relações não eram normativas, conforme as expectativas sociais. A partir do final dos anos 80, ativistas começaram resignificar o termo como uma estratégia política. Disto decorreram os estudos queers, conhecidos como pós-identitários, em outras palavras, os quais definem que vivemos performances de gênero e sexualidade, que estes não são fixos. Atualmente, queer também é um termo genérico para minorias sexuais e de gênero que não são heterossexuais ou não são cisgênero.
Aliás, você é cisgênero?
Para responder essa pergunta, assista ao vídeo abaixo.
Reforçando alguns conceitos:
- Orientação Sexual: refere-se à atração afetiva e sexual;
- Identidade de gênero: é como a pessoa se identifica a partir de um conjunto de signos e referências sociais, expressos em seu corpo e papéis: vestimentas, comportamentos e performances;
- Heteronormatividade: é a naturalização da heterossexualidade;
- Cisgêneros: Pessoas que se identificam com um gênero associado ao sexo biológico de nascimento;
- Transgêneros: Pessoas que se identificam com um gênero diferente do associado ao sexo biológico de nascimento.
Veja abaixo algumas imagens ilustrativas, elaboradas pelo Portal Uma Nuvem Que Tenta (Facebook). Para acessar o portal, clique aqui.
Assista ao clipe "Elevação Mental", de Triz.
Tal como a música nos provoca, "o ódio mata e o amor sara, de que lado você vai ficar?"
Valorizar a diversidade = enfrentar as desigualdades, a fim de promover justiça e afirmar direitos. No campo da diversidade sexual e de gênero implica combater a homofobia, a transfobia e a misoginia.
Conforme dados levantados pela Consultoria Santo Caos, divulgados pela Central Única dos Trabalhadores de SC, G1 e Portal Planta o Plomo, há muito que se desenvolver nas culturas organizacionais no que diz respeito à inclusão e acolhimento de pessoas LGBTQ+.
- 41% afirmam terem sofrido discriminação por sua orientação sexual ou identidade de gênero no ambiente de trabalho.
- 61% dos funcionários LGBT no Brasil optam por esconder a sexualidade de colegas e gestores.
- 33% das empresas brasileiras não contratariam pessoas LGBT para cargos de chefia.
- 90% das travestis estão se prostituindo por não terem conseguido emprego.
Note outros dados, levantados pelo Instituto Ethos e divulgados pela revista Exame com 109 empresas que trabalham a diversidade.
Em 2013, foi instituído o Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+, o qual prevê 10 compromissos às empresas signatárias, a saber:
1. Comprometer-se, presidência e executivos, com o respeito e com a promoção dos direitos LGBTI+
2. Promover igualdade de oportunidades e tratamento justo às pessoas LGBTI+
3. Promover ambiente respeitoso, seguro e saudável para as pessoas LGBTI+
4. Sensibilizar e educar para o respeito aos direitos LGBTI+
5. Estimular e apoiar a criação de grupos de afinidade LGBTI+
6. Promover o respeito aos direitos LGBTI+ na comunicação e marketing
7. Promover o respeito aos direitos LGBTI+ no planejamento de produtos, serviços e atendimento aos clientes
8. Promover ações de desenvolvimento profissional de pessoas do segmento LGBTI+
9. Promover o desenvolvimento econômico e social das pessoas LGBTI+ na cadeia de valor
10. Promover e apoiar ações em prol dos direitos LGBTI+ na comunidade
Veja abaixo as empresas que compõem o Fórum.
Cabe diferenciar exclusão, segregação, integração e inclusão. A exclusão é quando determinado segmento social é marginalizado e não detém direitos sociais e humanos, como o direito ao trabalho; a segregação é quando apenas algumas ocupações e lugares específicos são direcionados a esse público; a integração é quando as instituições contratam, mas não acolhem em sua cultura organizacional; e por fim, a inclusão é quando empresas se atentam às ações afirmativas para ingresso, permanência e encarreiramento. É quando todos os segmentos sociais são acolhidos, reconhecidos e desenvolvidos na cultura institucional. Observe a ilustração abaixo.
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